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Nascido em 1985, Solferini demonstrou desde muito cedo interesse pela arte. Com o passar dos anos, desenvolveu suas habilidades e aprimorou suas técnicas de forma autodidata, estudando as pinturas de artistas impressionistas, exercitando e aprimorando cada vez mais sua técnica.
Mais tarde, na faculdade de arquitetura, despertou o interesse pela linguagem contemporânea das artes, onde iniciou o processo de transformação do estilo de suas pinturas.
Anos depois, a abstração da paisagem já é marcante em sua obra, onde as camadas de cores e a sobreposição de matizes, através de suas pinceladas de inspiração impressionista, tornam-se sua marca registrada.
Em seu trabalho como artista, ele passa muito de si para suas obras, transferindo sua personalidade e sua forma de ver o mundo. A sensação de paz e contemplação que a arte permite alcançar sempre foi a sua inspiração. A presença de cores vibrantes, o ritmo das pinceladas e o efeito de “Luz”, quase sempre presente, “tocam” o espectador de certa forma, instigando sua emoção.
A potência das cores e suas nuances são premissas para o desenvolvimento de seu trabalho, tanto em suas pinturas quanto em suas esculturas cinéticas, outra vertente do trabalho que tem em comum o desafio de comunicar através das cores.
Texto por Luiza Testa
Para críticos como Clement Greenberg, o abstracionismo carrega a forma pura, a essência da pintura . Durante o século XX, vimos o figurativo dar lugar à abstração e sua exploração das propriedades físicas e visuais. De certa forma, a trajetória de Solferini emula os caminhos da história da arte: o artista inicia sua carreira representando a realidade com o figurativo. A os poucos assume uma pincelada inspirada no impressionismo que, logo em seguida, se dissolve em cores abstratas em degradê. A gora, na série “O que há por detrás” apresentada em “Caminhos” Caminhos”, Solferini se entrega à evolução da abstração com elementos que, sutilmente, a ludem à imagética da arquitetura Suas obras cinéticas são, por fim, a extrapolação deste movimento para o terceiro plano.
A vontade de Solferini de revisitar as figuras geométricas, a sobreposição de matizes e as perspectivas revela um certo desapego. Mas é o uso da luz que dá às imagens abstratas as silhuetas de paisagens arquitetônicas que levam o espectador a questionar o que haveria por trás desses blocos de cor e sombra. A inquietação concorre com a sensação de paz e solitude. Sem perceber, o olhar do observador é convidado a percorrer caminhos, sempre guiado pela luminosidade.
Percorrendo os caminhos traçados por Solferini, temos a oportunidade de recriar a obra em nossa mente e revela r as alamedas por onde queremos, nós mesmos, andar. A partir daí, cabe a cada um interpretar, imaginar ou elucubrar o que existe atrás daquilo ou de si Aliás, nem mesmo Greenberg parece saber o que há por de trás das paredes abstratas: “Só podemos nos desembaraçar da arte abstrata assimilando a, abrindo nosso caminho através dela. Para chegar aonde? Não sei.